terça-feira, 2 de dezembro de 2008

RESERVA EM POÇO VERDE SERÁ EXPLORADA

Uma boa noticia para a população de Poço Verde. Estudos em fase final de conclusão já comprovam que o município uma rica reserva de mármore negro em uma área de aproximadamente cinco mil hectares. A reserva compreende os povoados São José, Saco do Camisa, Tabuleirinho, Cacimba Nova e Recanto. Na semana passada representante da Graminas Mineração e Comércio de Granitos, responsáveis pelo empreendimento, estiveram reunidos com o secretario de Estado do Desenvolvimento Econômico, Jorge Santana, para discutir as estratégias para o inicio da exploração. Eles foram levados pelo prefeito do município, Antonio da Fonseca Dórea.
Segundo o proprietário da Graminas, o geólogo Clever Porfírio Garcia, os trabalhos para a descoberta da reserva iniciaram na década de 80 pela CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, hoje Serviço Geológico de Brasil), que apresentou alguns levantamentos no Nordeste, mais especificamente nos estados de Alagoas, Sergipe e Bahia, indicando pontos de ocorrência de um metacabornato.
Em Sergipe, a empresa vem realizando os estudos há aproximadamente cinco anos. A estimativa de Porfírio é de até fevereiro de 2009, a empresa apresente os relatórios finais da pesquisa ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
A expectativa em torno da exploração é muito boa na avaliação de Clever Porfírio. Pela qualidade do mármore extraído, ele aponta que será possível ao país substituir a importação do produto da Espanha. “Se não houver nenhum contratempo, e a gente acredita que não irá acontecer, futuramente iremos substituir essa importação”, avalia.
O mármore negro tem uma serie de utilidades, seu mercado é mais forte é o da construção civil, servindo de pisos, revestimento, além da fabricação de esculturas. Por enquanto, de acordo com ele, essa é a única reserva brasileira desse tipo de mármore. “Tive a informação através de outras pessoas, que foi encontrado na Bahia um mármore desse tipo, mas que apresentou defeito de trincas fraturas, o que inviabilizou o aproveitamento dele”, conta Porfírio.
Dependendo praticamente apenas da concretização da licença ambiental para iniciar os trabalhos de exploração, o representante da Graminas estima que o investimento inicial seja em torno de R$ 2 A 3 milhões. Assim que estiver funcionando, a reserva deve gerar em torno de 150 empregos diretos, além dos direitos, graças à movimentação de toda uma cadeira produtiva de serviços.
“Temos um leque grande de possibilidades de crescimento diversificado, uma vez que o material, um calcário carbonato de alto grau de pureza, pode apresentar diversificações de utilização, como corretivo de solo, fabrico de cimento, aglutinador de produtos químicos e até na produção de ração”, lista Clever Porfírio.
Para o prefeito Toinho de Dorinha, a exploração da reserva de mármore é uma excelente noticia para o município. “É extremamente importante por que é mais um meio de geração de emprego e renda para toda região, que vive basicamente da agricultura familiar. Já estamos trabalhando e faremos todo o possível para concretizar o investimento”, garante o prefeito, que irá disponibilizar a doação da área para instalação da unidade de produção.Já o secretario Jorge Santana afirmou que o governo dará todo apoio para viabilizar o inicio da exploração da reserva. “Temos total interesse de colaborar para o desenvolvimento da região, e faremos o que estiver ao nosso alcance para garantir o inicio dos trabalhos”, enfatizou Santana.
fonte: Jornal da Cidade publicação Domingo e Segunda.

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