quinta-feira, 17 de novembro de 2011
SES E UFS DISCUTEM COM O MOVIMENTO POPULAR DE SAÚDE PRÁTICAS INTEGRATIVAS
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Universidade Federal de Sergipe, através do Campus da Saúde de Lagarto, e o Movimento Popular em Saúde (Mops) promoveram o I Seminário de Práticas Integrativas, Populares e Complementares de Saúde da Região Centro-Sul de Sergipe, na manhã desta quarta-feira, 16. O evento, que também contou com a participação dos municípios que compõem a região centro sul, estudantes e profissionais de saúde, teve como objetivo sensibilizar e articular a implantação de práticas integrativas no Sistema Único de Saúde (SUS), através dos serviços de saúde, gestão, instituições de ensino e espaços comunitários.
As práticas integrativas são provenientes da cultura popular e atuam como complementar ao tratamento da medicina tradicional, chamada de alopática, e serão inseridas na Atenção Básica, nos Núcleos de Apoio a Saúde da Família (Nasf), Programa Saúde nas Escolas, nas Academias da Cidade, entre outros espaços de saúde. “Essas práticas alternativas contribuem para prevenção e promoção da saúde, estimulam o auto cuidado e integram o corpo e a mente. Para isso, usam-se práticas corporais, fitoterapia, homeopatia, dentre outras técnicas”, explicou André Baião, coordenador do Núcleo de Gestão de Linhas de Cuidados da SES.
De acordo com Simone Leite, coordenadora da Farmácia Viva na pró-reitoria da UFS e integrante do Mops, a implantação das práticas integrativas é uma demanda da população que está em fase de implementação no SUS. “Existe um grupo dentro do Ministério Saúde que está discutindo a implantação dessas práticas. Aqui no Estado nós também estamos discutindo com grupos de profissionais trabalhando a fitoterapia, homeopatia e acupuntura em unidades de saúde”, disse Simone Leite.
Para a UFS, as práticas integrativas são objetos de estudo entre os alunos do Campus da Saúde. “A metodologia dos cursos de saúde aqui em lagarto é baseada em problemas que os alunos vivenciam nas práticas dentro da comunidade. Como é uma prerrogativa do Ministério da Saúde que sejam utilizadas as práticas integrativas nas unidades de saúde, os alunos serão familiarizados com elas, uma vez que são de interesse para o usuário do SUS”, disse Mário Adriano dos Santos, coordenador do Campus de Saúde de Lagarto.
Educação Popular em Saúde
A coordenadora do Comitê Nacional de Educação Popular em Saúde, Vera Dantas, que veio para o evento, defende a integração das práticas de medicina institucionalizadas com as integrativas como parte dos valores que compõem o SUS. “Quando SUS se propõe a ser universal, equânime e a garantir a participação popular, precisa ter as práticas que são institucionalizadas pelos profissionais e também ter as práticas que são realizadas pelos terapeutas populares”, disse a coordenadora.
Gestão
O secretário adjunto de Estado da Saúde, Jorge Viana, destacou a importância do I Seminário de Práticas Integrativas, Populares e Complementares de Saúde da Região Centro-Sul de Sergipe para o SUS Sergipe. “Esse é um momento histórico na construção do SUS, pois essas práticas fazem parte da cultura do povo, dentro do maior sistema de saúde do mundo que é o Sistema Único de Saúde. O que estamos fazendo aqui, hoje, é construir no SUS Sergipe algo novo. Estamos trazendo para o espaço institucionalizado uma discussão que engloba a cultura e os saberes populares com referência na academia”, declarou Viana.
Já a coordenadora do núcleo do Ministério da Saúde, Joélia Santos, defendeu a utilização das práticas integrativas como forma de redução da hospitalização dos pacientes. “Se começamos a mesclar os conhecimentos populares com os tradicionais em benefício da comunidade, teremos um potencial muito grande e podemos evitar, através desses cuidados, que pacientes cheguem a ocupar um leito de UTI”, afirmou.
http://www.ses.se.gov.br/index.php?act=leitura&codigo=6987
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