A situação pré-epidêmica que se verifica em Sergipe, com relação à nova gripe causada pelo vírus Influenza A (H1N1), fez com que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) convocasse os prefeitos dos 75 municípios sergipanos para uma reunião nesta segunda-feira, 3. Além de fornecer informações técnicas sobre a doença, o secretário Rogério Carvalho chamou a atenção dos chefes do Poder Executivo para a necessidade de pactuar fluxos e, assim, evitar a superlotação das unidades de urgência e a evolução dos casos para óbito.
“Para controlar a doença, é preciso nos antecipar, para estruturar a rede de forma acolher os casos nas unidades básicas de saúde e, quando houver necessidade, encaminhá-los para os hospitais ou outras unidades de referência”, explicou Rogério, durante o encontro que aconteceu no auditório do Hospital de Urgência Governador João Alves Filho (Huse). Na oportunidade, ele citou a capacitação dos profissionais de saúde que integram as equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) como uma das medidas já executadas pelo Estado, a fim de preparar Sergipe para uma possível epidemia.
Porém, enfatizou o secretário, as ações da SES sozinhas não são suficientes para garantir as respostas que a epidemia de uma nova gripe precisa. “É então onde eu peço a colaboração dos senhores prefeitos e prefeitas, que são gestores de seus próprios territórios e têm, portanto, um poder maior de mobilização das equipes de PSF, que constituem peça chave no atendimento às necessidades básicas de saúde da população”.
A eficácia do PSF em todo o estado foi, aliás, outro assunto explorado por Rogério Carvalho durante a reunião desta segunda. Segundo ele, o último relatório enviado pelo Ministério da Saúde aponta Sergipe com indicadores não muito satisfatórios no que se refere à incidência de tuberculose hanseníase e à imunização de crianças e adultos. “Somos um estado que tem uma das maiores coberturas de PSF e, no entanto, o trabalho parece não estar gerando resultados”, disse o secretário.
Na ocasião, ele apontou alguns caminhos: maiores investimentos na atenção básica; recontratação de equipes e jornadas; reorganização da assistência; melhoria da disponibilidade de insumos; e implantação do contrato de ação pública – instrumento de gestão que define os papéis de cada ente federado para a oferta dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). “Para tornar realidade esses caminhos, é imprescindível a união de forças entre a SES, o Cosems [Conselho de Secretários Municipais de Saúde] e as associações de prefeitos”.
Rogério se refere à Associação dos Municípios do Baixo e do Vale do São Francisco, à Associação dos Municípios da Barra do Cotinguiba e Vale do Japaratuba e à Associação dos Municípios da Região Centro Sul de Sergipe (Amurces), todas representadas no encontro por seus respectivos presidentes: Ricardo Roriz, prefeito de Santana do São Francisco; Gilson dos Anjos, prefeito da Barra dos Coqueiros; e Antônio da Fonseca Dórea, o Toinho de Dorinha, prefeito de Poço Verde.
fotos e matéria readaptado da Agência Sergipe de Noticias.
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